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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Castelo de Vide – 7º dia

E pronto, chegámos ao último dia destas mini-férias. Hoje, andámos só por Castelo de Vide à procura de produtos da região para levar para casa e também para dar um salto à Srª da Penha.

Fui arrumar a tralha toda no carro e lá fomos passear. A primeira loja onde entrámos foi de velharias e a R. comprou duas molduras e um copo que lhe faltava no serviço da Avó dela. A loja seguinte foi uma pastelaria onde comprámos queijinhos de amêndoa, queijadas de laranja, queijadas de amêndoa e beleimas. Destes todos, as beleimas são as mais “regionais”, com recheio de maçã, canela e noz. Como o talho e a padaria estavam fechados, devido ao feriado, tivémos que ir ao supermercado comprar farinheiras (montanheiras), biscoitos escaldados em azeite, vinho tinto (Conventual) e branco (Terras d’Ervideira).

MegaSopaPeixe09Chegada a hora de almoço, e apesar do convite para a Mega Sopa de Peixe , fomos ao restaurante Pedrus Quintus, que já nos tinha sido referenciado por um primo da R., mas tivémos que ficar à espera… e ainda apanhámos um grupo de 9 pessoas que se armaram em espertas para nos passarem à frente… e o pior é que conseguiram. Não há respeito nenhum por ninguém, é impressionante. Querem saber como se faz? É fácil, basta uma dessas pessoas conhecer alguém relacionado com o dono do restaurante, ter o telefone do restaurante e reservar a mesa para 9 pessoas, passando à frente de 3 casais, com crianças! As restantes pessoas pareceu-me serem de Braga, portanto trata-se de um caso de esperteza nortenha, aliada ao factor C, que é a chave-mestra para tantas portas portuguesas. De qualquer maneira, saímo-nos melhor, pois como tinhamos acesso à ementa, assim que chegámos à mesa fizémos o nosso pedido e fomos servidos muito antes do grupinho da esperteza. A comida era boa, e as sobremesas ainda melhores! Eu optei por uma encharcada de noz e a R. foi para uma fatia de teco-maleco (acho que é assim que se escreve). O D. foi o mais saudável de todos e comeu uma banana.

Acabámos de almoçar e fomos à Srª da Penha, CV-CastelodeVide1 de onde se obtém uma vista sobre toda a vila de Castelo de Vide. Como estava muito calor, a bicheza era tal que tivémos que vir embora pois estávamos a ser agredidos por uns insectos voadores.

CV-CastelodeVide3

Já eram 17:10 e decidimos voltar à nossa terrinha. Chegámos eram 19:15, duma viagem que correu sempre bem, sem qualquer tipo de stress ou palhaçadas de condução.

CV-CastelodeVide2Destas férias, o ponto mais alto foi a visita a Mérida, cidade que ficou com um V de voltar brevemente. O ponto mais negativo foi o nosso filhote ter ficado doente, mas felizmente recuperou rapidamente. Quanto ao Inatel, adorámos o atendimento, a comida e a vista e esperamos passar alguns fins de semana por lá.

- BL

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Castelo de Vide – 6º dia (Cáceres)

E de novo em Espanha, é verdade. Desta vez, o alvo foi a cidade de Cáceres. Era suposto darmos um saltinho a Trujillo, mas fica para uma próxima vez.

A estrada até Cáceres faz-se muito bem, apesar de ser uma estrada nacional (N-521). A paisagem é um pouco diferente do nosso Alto Alentejo. Ao principio parece ser mais verdejante, mas só até Valência de Alcantara, a partir daqui pareceu-nos mais desertificado do que, por exemplo, de Portalegre a Elvas.

CV-Caceres1 Cáceres tem uma coisa porreira, o conjunto monumental está todo reunido numa espécie de elipse formada por vários torreões e suas muralhas. Só conseguimos visitar a Casa de Las Veletas, que é o Museu da cidade de Cáceres, (onde a entrada é gratuita para membros da U.E.). Aqui passamos por várias salas, divididas por 3 andares, onde no primeiro andar as salas são dedicadas a várias épocas, desde o paleolítico, Idade do Cobre, Bronze e Ferro até à época romana. No segundo andar, a exposição é dedicada à organização económica, ofícios, indumentária, crenças e música. CV-Caceres2 Na cave, só existem duas salas, uma dedicada à época visigótica e outra à idade média. Por baixo do museu, existe uma cisterna arabesca, pois os muçulmanos estiveram nesta cidade entre os séculos IX e XI, se não estou em erro.

Saímos do museu e fomos almoçar a uma esplanada ao pé de uma igreja, na baixa da cidade.

Uma vez que tudo fecha por causa da siesta, démos uma volta por este conjunto onde passámos pela Concatedral de Santa Maria, Iglesia de San Pedro, Convento de San Pablo, e vários torreões.

Sinceramente, é a única parte que nos levou a visitar a cidade, o resto… não interessa muito.

CV-Caceres3Ainda aproveitámos para fazer umas compritas, meter gasóleo a 0,817€ e seguimos viagem. Pelo caminho passámos por Valência de Alcantara que tivémos pena em não parar, mas o tempo é curto e lá fomos para Castelo de Vide.

- BL

terça-feira, 9 de junho de 2009

Castelo de Vide – 5º dia (Badajoz)

Não foi à primeira, foi à segunda, e assim decidimos hoje ir a Badajoz. O D. passou a noite com 5* e sem qualquer pontada de febre, e então tomámos a decisão de ir aos caramelos.

Da última vez que lá fomos, achei que Badajoz era uma cidade a não voltar, mas desta vez temo que a minha conclusão anterior teria sido precipitada pois a cidade está mais limpa, mais arranjada e com menos obras. O único problema é a siesta, é que a partir das 14:00 (deles) e a até às 17:00 está tudo fechado, sejam lojas, sejam museos, sejam monumentos de qualquer tipo ou espécie e então a pessoa tem que andar a inventar o que fazer durante estas 3 horas. (As grande superficies não se encontram fechadas… mas quem é que quer passar 3 horas enfiado num “El Corte Inglés” ou coisa que o valha?)

Quando chegámos, descemos a Calle Menacho que é praticamente a grande rua de comércio que esta cidade tem. Entrámos numa ou outra loja e depois seguimos rua acima até encontrar o Convento de Las Descalzas, CV-Badajoz1 onde entrei com o D. enquanto que a R. dava de mamar ao A.. Daqui subimos mais um pouco e fomos à procura de um restaurante. Ao subir uma dessas ruas démos de frente com a Catedral que estava fechada. No turismo, disseram-nos que a única maneira de ver a catedral seria pelo museu onde se pagam 3€. Os restantes museus são gratuitos! De volta à missão almoço, encontrámos um restaurante de “Cocina Portuguesa” e optámos por ficar por ali mesmo, mas… no final achámos que eles precisavam de entender melhor qual o significado de cozinha portuguesa. O caldo verde pouco verde tinha, e que saiba fillet-mignon de frango não é muito português, digo eu, mas tudo bem, não se come mal e não se paga muito. Os três pagámos 17,50€.

Uma vez na siesta time fomos dar uma volta pela cidade. CV-Badajoz2Em todo o lado vêem-se cartazes com indicação do Casco Antiguo que é apenas um centro comercial aberto, na baixa da cidade. (aberto é como quem diz, porque das 14:00 às 17:00 está quase tudo fechado) Continuámos a subir a calle San Pedro de Alcantara e chegámos ao Alcazaba que tem à sua direita a Plaza Alta, com um colorido engraçado. Mais abaixo, encontrámos uma igreja branca de que agora não me recordo o nome. Como a partir daqui as ruas não eram muito convidativas, achámos melhor dar a volta e ir lanchar. CV-Badajoz3

A seguir ao lanche, fomos dar mais umas voltinhas pela tal Calle Menacho e comprámos umas coisitas, entre elas uma caixa de Ibuprofeno 600mg para a minha garganta que está que é uma maravilha…

CV-Badajoz4Saímos de Badajoz eram 18:30 e chegámos aqui às 19:45. A paisagem desde Elvas até Portalegre, passando por Campo Maior, é espectacular, e desta vez tirei algumas chapas.

- BL

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Castelo de Vide – 4º dia

Com que então eram caramelos e mais não sei o quê, não era? Pois bem, que tal trocar isso por uma noite em branco devido a má disposição minha e do D.? Que tal andar às 5 e tal da manhã nas ruas de Castelo de Vide (com um grizo porreiro) à procura duma farmácia de serviço? E após isto tudo, passar 4 horas e meia no Hospital Distrital de Portalegre, sem saber se o D. ficaria internado ou se o deixavam voltar connosco?

É verdade, foi uma noite e dia bastante complicados. O problema não foi o não dormir, foi mesmo saber o que se passava com o nosso filhote que passou a noite a queixar-se da barriga, com febres altas e a contorcer-se com dores. Hoje de manhã, após ligarmos novamente para a Linha Saúde (que desde já agradeço a sua existência) lá fomos encaminhados para o Hospital Distrital de Portalegre onde o D. fez análises ao sangue e urina, assim como um raio-x para ver se detectavam onde estava a causa de febres tão altas. Fiquei realmente preocupado quando a R. me disse que não o iriam deixar sair sem que soubessem a casa ou sem que a febre baixasse.

De todas as análises, a única coisa que se concluiu era que seria algo relacionado com as vias respiratórias, alguma infecção. Às 14:45 o D. estava finalmente a combater a febre e deram luz verde para ele seguir viagem, com um anti-biótico no bolso e Brufen para a febre.

Aqui chegados só deu para nos agarrarmos a um cházinho e torradas como lanche, mas vingámo-nos no jantar que estava bom. As sopas daqui são bestiais! Hoje, fomos premiados com sopa de ervilha, e há que tempos que não comíamos esta delicia.

O D. está agora aqui comigo, mais para lá do que para cá, mas felizmente a febre tem andado mais controlada, o máximo que teve hoje à tarde foi 38,5º, e da última vez que medimos antes da nova toma de medicamento, era de 37,5º. Agora vamos ver como decorre a noite.

Quanto a saídas… estamos limitados à condição do D. e de que forma ele vai reagir à medicação.

- BL

domingo, 7 de junho de 2009

Castelo de Vide – 3º dia (Marvão)

CV-Marvão1Hoje preferimos passear aqui pelos arredores. Aproveitámos e fomos a Marvão pois soube que havia por lá a I feira de antiguidades e velharias. Digamos que … não valeu a pena. Até havia meia-dúzia de coisas que eram de levar para casa, o problema era o que pediam por elas. Um ultraje!

Enfim, démos uma voltinha pela vila e depará-mo-nos com muitas casas à venda, mesmo dentro das muralhas do castelo. CV-Marvão2 Já conhecíamos o sitio e então optámos por sair e ir dar uma volta a Valência de Alcantara só para fazer tempo para irmos almoçar. Atravessámos a fronteira em Galegos que parecia uma aldeia-fantasma. Valência é uma terra que fica marcada para visitar, pois na altura em que passámos não foi possível, devido à hora da siesta.

Voltámos a Portugal e fomos almoçar ao restaurante Mil Homens, em Portagem, onde comemos que nos fartámos, do bom e do belo.

CV-Marvão3A seguir ao almoço, estava numa de ir visitar a cidade de Ammaia, mas acabámos por ir dar uma volta à procura de uma cache que tinha apanhado na net, mas feito parvo, não levei indicação alguma e andámos às voltas e mais voltas à procura do Menir de Póvoa e Meadas que acabámos por encontrar a meio da tarde! :D

Daqui, voltámos a Castelo de Vide, onde o D. esteve numa de seguir uma CV-Marvão4procissão. Nestes dias, 5,6 e 7 de Junho eles festejam a Nossa Senhora da Alegria, e hoje teve lugar a procissão que leva a imagem desde a vila até uma Igreja no Castelo. O D. adorou a procissão, mas sobretudo da banda que a acompanhava. Reparem no cartaz das festividades e digam lá se não é um grande chamariz?

No final, démos uma voltita pelo castelo e descemos até à vila numa de passeio. Foi engraçado.

Amanhã vamos a Badajoz. Fazer o quê, perguntam vocês? Comprar caramelos! :D

- BL

sábado, 6 de junho de 2009

Castelo de Vide – 2º dia (Mérida)

Apesar de nos termos levantado mais cedo, acabámos por nos atrasarmos um pouco. Ainda não tínhamos decidido o que fazer hoje, mas estava inclinado para ir a Mérida, e assim foi. Partimos às 10:30 e chegámos por volta do meio-dia. A viagem de Castelo de Vide até Elvas foi feita sempre por estrada nacional e foi de facto o melhor da viagem (de carro, claro) pois a paisagem é muito gira, o contraste entre verdes e amarelos, os campos agrícolas a perder de vista, os animais, e além de tudo isto, a estrada faz-se muito bem. São rectas a perder de vista!

CV-Mérida1Quanto a Mérida, assim que chegámos desatou a chover … mas fomos almoçar e por sorte ficámos mesmo no centro turístico da cidade. Após o repasto, démos uma volta até à Plaza de España, debaixo de trovoada mas sem chuva, valha-nos isso. Subimos desde a praça até à rua que dá acesso ao Museo Nacional de Arte Romano. Pelo caminho, passámos pelo Templo de Diana e pelo Forum. São áreas que estão ainda em processo de restauro para que possam ser visitadas, aliás, não CV-Mérida3foram as primeiras escavações que vimos na cidade. O pessoal dali arrisca-se a fazer um buraco e achar uma calçada, um pórtico, etc. :)

Chegados ao museu, tivémos que ficar à espera uns minutinhos pela sua abertura, que quando aconteceu foi ver um bando de bestas direitos aos curros… não há respeito por ninguém, é impressionante! Apanhámos uma excursão, onde estavam incluídos alguns portugueses que se iam metendo com o D. e com o A.

CV-Mérida2O Museu é muito interessante, e aconselho a visitar. O edificio, só por si é espectacular, e a exposição que acolhe é a maior que alguma vez vi, em relação a arquitectura, cerâmica, mosaicos, artesanato, moedas e estatuária. CV-Mérida4 No salão principal, o visitante, depara-se com uns arcos semicirculares enormes, que têm a mesma altura que os arcos do aqueduto de Los Milagros, também ele obra romana. O museu é construído em tijolo vermelho e é composto por 3 andares, e várias salas. A escultura aqui ao lado é do Imperador Tibério. O edificio assenta numa cripta que também se pode visitar onde se pode ver mais algumas casas romanas que foram encontradas, assim como uma calçada que ligava Mérida a Córdoba.CV-Mérida6

Quando saímos do Museu já eram 17:10 e apesar de estarmos mesmo ali à porta do Teatro e Anfiteatro romano, sabíamos que não íriamos conseguir visitar tudo e optámos por ir até à Basilica de Santa Eulália, deixando os dois monumentos para uma segunda visita.

Lá chegados, verificámos que os bilhetes que dão acesso à Cripta da Basilica estão integrados num bilhete-conjunto que nos permite visitar vários monumentos da cidade. (10€/pessoa) Assim sendo, optámos por seguir viagem para Portugal, não sem antes passarmos de carro, pelos aquedutos de São Lázaro e de Los Milagros, pelo Circo romano e pela ponte Lusitânia. Não haja dúvida que é um sitio onde contamos voltar para prosseguir a visita.CV-Mérida7

Ainda chegámos a abastecer gasóleo, no Carrefour, que estava na marca dos 0,827€ e finalmente metemo-nos a caminho de Castelo de Vide.

- BL

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Castelo de Vide – 1º dia

Após uma viagem de três horas, com duas paragens, chegámos a Castelo de Vide. Desta vez, vimos aproveitar umas fériazitas que consegui marcar com a ajuda dos feriados da próxima semana.

Apesar da chuva constante, não apanhámos muito trãnsito, e então quando saímos em Torres Novas quase não se viu vivalma.

O Inatel de Castelo de Vide situa-se num edificio antigo, decorado com mobília tipica da região. O quarto é bom, com uma varanda que tem uma excelente vista para a Senhora da Penha. CV-VistaDoQuarto

A comida… mmmm… só de pensar naquela farinheira enrolada em bacon, e o borreguito com batata aos quadrados… e o bolo de bolacha! E é assim que se ganham mais uns quilinhos. :)

Só é pena a chuva… a ver vamos como vai estar amanhã, mas a previsão não é animadora.

- BL

terça-feira, 26 de maio de 2009

Luso - Pequeno esclarecimento

Devem ter notado que assim de repente surgiram uma catrefada de posts relativos à viagem que fizémos ao Luso, e com datas anteriores às de publicação. O que acontece é que aproveitei o facto de ter levado o portátil para ir escrevendo estes posts à noitinha, e como não tenho net móvel, só agora é que tive tempo para compôr os posts, inserir hyperlinks e etc. Graças a ter feito algum trabalho de pesquisa (por causa dos links) descobri que muito nos faltou ver na Mata do Buçaco, assim como em Coimbra. É óbvio que ficou um gostinho para lá voltarmos e passarmos tudo a pente fino!

Pronto... era isto. ;)

- BL

domingo, 24 de maio de 2009

Luso - 4º e último dia

Sendo o último dia, tínhamos combinado que íamos só passar em Coimbra para comprar uma caixa de pastéis de Tentúgal e que depois seguíriamos para Conímbriga, porque a R. nunca tinha visitado.

Digamos que com tanto tempo perdido, démos por nós a almoçar em Condeixa-a-Nova (já com os pastéis no bolso) e só depois de almoço é que fomos às ruínas.

Numa só palavra: desilusão

Foi praticamente uma perca de tempo. Aqui cada adulto paga 4€ para visitar as ruínas e o museu. É-nos dado um mapa com indicação dos vários sitios por onde vamos passar, mas quando finalmente estamos a percorrer as ruínas não existe uma única placa alusiva aos lugares que estamos a observar. A dada altura, já não sabia se estávamos no forum, ou nas grandes termas do Sul, ou nas casas dos nobres que aqui residiam.

Tinha achado muito mais piada quando lá tinha ido numa visita de estudo e não me lembrava daquilo assim. Enfim, os anos passam, mas ali não mudaram nada. Só me lembrava dum museu que vimos em Barcelona, que continha as ruínas da cidade. Era totalmente coberto, tinha indicações do que estávamos a ver e também tinham ilustrações de como seriam as pessoas na época, e claro, objectos que foram encontrados durante as explorações.

É claro que Conímbriga é muito maior (mesmo muito maior) que a cidade romana por baixo de Barcelona, mas não sendo possível cobrir todo o recinto (que está assim a sofrer as consequências da erosão) pelo menos, podiam ter colocado placas a identificar os vários sitios por onde vamos passando.

O museu monográfico dá para conhecer um pouco do povo que ali viveu, da sua cultura e de alguns rituais, principalmente fúnebres. Infelizmente, após tal desilusão não deu para saboreá-lo da melhor maneira.

Foi pena que o nosso fim de semana tivesse terminado desta maneira, mas enfim.

O melhor deste fim de semana foi o Portugal dos Pequenitos e a Mata do Buçaco.

O pior foi, definitivamente, Conímbriga.

(Já sei que fui demasiado extenso… mas de outra forma como puderia explicar tudo o que vivemos neste fim-de-semana?)

- BL

sábado, 23 de maio de 2009

Luso - 3º dia

Este dia foi aproveitado para andar por aqui, e finalmente entrar na Mata do Buçaco (ou Bussaco, como antigamente). É realmente uma maravilha da Natureza. A quantidade e qualidade da flora é magnífica. O cenário assemelha-se a Sintra, mas com mais claridade e maior diversidade de espécies arbóreas.

Entrámos pela porta do Luso, e parámos na fonte Fria, onde um grupo de pessoas iam iniciar um piquenique, coisa que na zona é perfeitamente comum. A estupidez levou-os a colocar tudo o que era bebida, refrigerante e vinho dentro da própria fonte, inclusivamente uma caixa de cartão com garrafas. Não compreendo porque é que nós somos assim tão inconscientes.

Com a R. a dar de mamar ao A., eu e o D. subimos todos os degraus da fonte para vermos os diversos andares da mesma. Chegados lá acima, o D. queria continuar pelo carreiro, mas tivémos que ir para baixo pois não tinha piada andarmos nós a passear com os outros dois elementos da familia dentro do carro.

Fomos então até ao Palácio Hotel do Buçaco, onde visitámos o convento de Santa Cruz do Buçaco. O Palácio é algo de… espectacular. Não se pode visitar, a não ser que sejamos hóspedes. Deve ser das obras mais belas que eu vi em Portugal e no estrangeiro. Claro que como Hotel de 5*, o custo de aqui pernoitar é demasiado elevado para os comuns mortais, ainda mais quando são Portugueses.

Para entrar no convento paga-se 1€/adulto, até aos 64 anos, e as crianças não pagam. (Como é que é possível podermos manter os nossos monumentos com uma quantia tão baixa! Fosse noutro país e pagaríamos mais do que o dobro.)

O convento foi fundado em 1628 e pertencia à ordem dos Carmelitas Descalços. Achámos engraçado as portas e o tecto serem feitos de cortiça, talvez por ser um excelente elemento isolador. Em cada canto do claustro-corredor, existem painéis de azulejo. Existe uma porta que nos dá acesso à igreja, onde se encontra o túmulo de D. João de Melo, bispo de Coimbra que foi quem doou as terras à Ordem. Na sua lápide pode ler-se:

Vivo, não morto
Aqui está, não jaz
D.João de Melo
Bispo de Coimbra

De volta ao claustro, outra porta permite-nos entrar nas acomodações do Duque de Wellington, que aqui pernoitou após a famosa Batalha do Buçaco, que decorreu a 27 de Setembro de 1810, e onde o império napoleónico (ou o império do Ladrão) sofreu a sua primeira derrota.

Démos a volta completa ao palácio e seguimos uma estrada que foi dar a um passo, isto porque dentro da Mata do Buçaco existe uma via sacra com os 20 passos de Cristo. Por motivos óbvios, não nos metemos na aventura de percorrer a mata a pé, mas fica prometido para uma outra oportunidade, até porque é a única maneira de a apreciarmos devidamente.

Entrámos no carro e fomos até à Cruz Alta, de onde se tem uma vista magnífica sobre três distritos, Coimbra, Aveiro e Viseu. É o ponto mais alto do Bussaco.

Almoçámos no restaurante “O Cesteiro” no Luso, onde fomos muito bem presenteados com um “Bacalhau à Cesteiro”, que terminou com umas “Natas do céu”. A seguir ao repasto, fomos até ao monumento comemorativo da Batalha do Buçaco e visitámos o Museu Militar. Aqui também só se paga 1€/adulto, as crianças até aos 10 anos não pagam, e é um museu de propriedade do Exército Português. O museu foi inaugurado em 1910, aquando da comemoração do 1º Centenário da batalha. Como não puderia deixar de ser, este contém toda a informação e espólio da batalha. Tem duas maquetes com cenários de combate, onde podemos ter alguma noção do que se passou, peças militares, figuras uniformizadas e uma peça de campanha de 9 libras que tomou parte na batalha e respectiva guarnição. Aqui não é permitido fotografar. A capela que se encontra anexa (aliás, é o museu que se encontra anexo) está fechada à espera de restauro. Vale a pena visitar.
Daqui, voltámos a entrar na Mata, pela porta da Rainha e fizémos o sentido inverso. Deparámo-nos com uma das maiores e mais largas árvores aqui existentes, um eucalipto da Tasmânia, que foi plantado em 1882 e mede cerca de 60 metros. Ainda passei de fugida no Cruzeiro e, por engano meu, voltámos a sair pela mesma porta, a do Luso.

Terminámos o dia na fonte de São João, a encher os (apenas) 3 garrafões que tínhamos no carro, com a famosa água do Luso.

A seguir ao jantar, fomos até Coimbra, para observar a cidade à noite. Foi apenas uma volta de carro pelas ruas estreitas e aproveitar para tirar algumas fotos às repúblicas, à universidade, etc… mas infelizmente não ficaram nada de jeito pois a luminosidade era pouca.

- BL

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Luso – 2º dia

Estava combinado para este dia irmos com os filhotes ao Portugal dos Pequenitos. Dito e feito, seguimos rumo a Coimbra, mas como saímos um pouco tarde, achámos que seria melhor andarmos um bocadinho pela baixa da cidade, almoçar e só depois seguirmos para o parque temático.

Digamos que, pela segunda vez neste ano, perdi a paciência com as voltas e voltinhas pela cidade. A maneira como o trânsito é obrigado a “girar” pela cidade é de loucos! Não fosse a R. e tinha dado meia-volta e ido embora, mas lá arranjámos um lugarzito, onde um cromo do sitio não parou de me chatear porque estava muito em cima dum Mercede$, e que o carro depois não saía e mais não sei o quê… enfim, para não o ouvir mais, lá tive que andar um pouco para trás com o carro.

Seguimos para a baixa da cidade, onde o movimento era muito pois era sexta-feira e a maoiria dos estudantes (senão, todos) vão passar o fim de semana com a familia. Achei a cidade muito suja, em relação aos prédios circundantes. Ao andar no passeio, notei que as pessoas gostam muito de ir em cima de uma das outras. Não se pede licença para passar, ao invés, andamos em cima das pessoas até elas se dignarem a olhar para trás e a ceder passagem.

Alguns mânfios (de sua maioria, romenos) circulam na baixa, nomeadamente, ao pé dos monumentos. Um deles perdeu a cabeça com a filha (de uns 5 anos) e andava-lhe a bater e a ralhar, mas não sei até que ponto é que não seria um chamariz para os estrangeiros que lá estavam ao pé caírem nalguma esparrela.

Fomos até à Igreja de Santa Cruz (além de ser Igreja também tem a designação de Mosteiro), onde entrámos. Julgo que era esta igreja que se estava a afundar, tanto que para entrarmos nela tinhamos que descer uns degraus. Agora temos uma rampa para uma praça ampla onde a mesma se situa ao nível do chão.

Coimbra_TumuloAfonsoHenriques

Lá dentro encontram-se os túmulos de D. Afonso Henriques e julgo que de Sancho I. Digo julgo, porque não existe informação relativa aos túmulos, e o meu latim arcaico … é… tipo… nulo! Não visitámos os claustros  porque isto de andar com uma criança ao colo, e outra que passou o tempo a correr e a saltar dum lado para o outro da Igreja não dá para fazer muito. Já não foi nada mau termos entrado.

O almoço foi numa antiga padaria convertida em padaria/bar/restaurante. Após a refeição, passámos no Turismo para nos darem algumas informações relativas ao Portugal dos Pequenitos e ao Mosteiro de Santa Clara-a-Velha.

Eram 14:30 quando entrámos no Portugal dos Pequenitos, e saímos às 18:15. Dá para perceber que gostámos do sitio, então o D. nem se fala, foi um rodopio pelas casitas, a seguir foi a vez do parque infantil e depois foi um escorrega que terminava numa piscina de bolas de várias cores!

Coimbra_PPeq

Por último passámos pela casa brasileira onde decorria um filme animado (computadorizado) acerca da viagem de Pedro Álvares Cabral. Achei engraçado a forma como o filme era mostrado, os visitantes visionam o filme estando na proa duma caravela, rodeada de um oleado que nos faz pensar que estamos no Mar a caminho de terras de Vera Cruz.

Quando saímos do parque temático, metemo-nos a caminho do hotel e os miúdos aterraram durante a viagem… pudera!

- BL

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Luso - 1ºdia

Não sei se este poderá contar como o primeiro dia, até porque este foi o dia da chegada, mas siga.

Depois da viagem de quase três horas, devido a paragem para dar de mamar ao mais pequeno, chegámos ao Luso. Após algumas voltas no centro da vila (julgo que é vila) lá achámos o hotel. O Inatel Lusitano é um edificio grande cor-de-rosa, talvez de meados do século passado. A entrada prevê um hotel antigo, mas com finesse. O chão de madeira, a larga escadaria e as portas com vidro fosco são as primeiras impressões que um recém-chegado conhece.

Fizémos o check-in e fomos para o quarto. Fomos colocados numas águas furtadas, porque já não havia quartos triplos. Por nós tudo bem… até termos entrado no quarto. (Atenção! Em questões de limpeza e higiene, não temos nada a apontar) O problema era mesmo a qualidade dos aposentos. As camas, os móveis, a casa-de-banho, e alguns acessórios que já deviam ter ido para à reciclagem. Já ficámos em sitios piores, por isso… que se lixe, vamos mas é aproveitar a estadia.

Descarregámos as malas, e fomos ao supermercado onde descobrimos umas bolachinhas… mmmm… estão agora ali a olhar para mim, assim como a dizer: “Vá, não te acanhes… come-me” (Por falar nisso, no caminho de São Lameiro para cá, pela estrada nacional, também se encontram nas bermas os mesmos dizeres… e até nos deparámos com um camionista que não se fez rogado e encostou na berma… e é aqui mesmo e cá vai disto!)

Bom, mas voltando ao assunto, e para acabar o post, o restaurante é amplo e é novo, o que me leva a questionar se os outros quartos serão assim. A comida é óptima, e apesar de grande parte ter sido devorada por 500 idosos que cá estão a fazer-nos companhia, ainda sobrou para nós e para outro casal na casa dos 30. Devemos ser os únicos sub-65. Acabámos de jantar e fomos ao bar para beber café… fez-me lembrar um filme, o Cocoon, sabem qual é? São velhotes simpáticos, que a qualquer olhar ou movimento, disparam logo a meter conversa. :)

Para terminar (agora é que é) o apontamento de hoje vai para o seguinte: Em terras de Luso, a água do restaurante é a da Serra da Estrela e a que nos deixaram no quarto é a Glaciar! Provavelmente, pensaram… querem Luso? Vão à fonte!

- BL

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Janela - o porquê

Como prometido, venho dizer-vos o porquê do post da "Janela". Foi porque descobri um grupo no flickr que nos apresenta desafios, tendo por base fotografias captadas pelos seus membros. Já não me lembro como lá fui parar, mas fiquei tentado a resolver o desafio que lá estava por desbravar, e após dois dias (sim, porque não tenho muito tanto tempo livre) lá consegui identificar o local onde foi tirada aquela fotografia.

As regras são simples, os membros são muito simpáticos e é uma maneira engraçada de dar a conhecer locais e suas histórias, à volta do Mundo. A maioria dos utilizadores são de países de lingua portuguesa.

Se quiserem saber mais, consultem o grupo VAM (Desafio Volta ao Mundo) e experimentem, pode ser que gostem! ;)

- BL

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Hoje volto a Vila Ruiva

É verdade, hoje à tarde lá seguimos, novamente, rumo a Vila Ruiva. Eu sei que isto parece um tanto ou quanto abusivo com tantos períodos de férias, mas estou numa fase em que se não tiro, de vez em quando, uns diazinhos de férias, dou por mim com um mau-estar incrível.
Pronto, este ano é assim, pode ser que para o próximo me sinta melhor.

A todos, até breve e que tenham um excelente feriado, ou bom fim de semana para quem tira a sexta! ;)

- BL

quinta-feira, 8 de maio de 2008

De Porto a Pequim e regresso num 2cv

Aproveitando a dica que a Bela colocou no seu blog, aproveito para vos apresentar um moço que arrancou no dia 6 deste mês, da cidade do Porto, com destino a Pequim num Citroen 2CV. É verdade, podem consultar o diário de bordo do Tiago.

Tal como o próprio descreve:
Unir as costas do Atlântico e Pacífico,na odisseia de uma vida pelas estradas da Europa e Ásia.
Dois Oceanos, dois Continentes, oito fusos horários distintos, 50.000km cumpridos a 70 km/h entre o Porto e Pequim ao volante de uma verdadeira lenda da estrada. Todo um novo mundo descobrir, a aventura de uma vida transformada num projecto com forte impacto social.
Passem por lá de quando em vez para se irem dando conta das aventuras e desventuras deste português aventureiro.
Resta-me desejar-lhe(s) sorte e boa fortuna!

- BL

segunda-feira, 14 de abril de 2008

5. Vila Ruiva, Fornos de Algodres e Guarda


aldeia de Vila Ruiva

No último dia de férias, tenho sempre aquele sentimento de tristeza, do ser puxado de volta para a realidade. Em Vila Ruiva, andámos pela aldeia e fomos ver a capela do arcanjo S. Gabriel, onde se situa a necrópole da Tapada do Anjo datada do século VII a IX, onde se podem ver várias campas romanas. Em Fornos de Algodres, acabámos por andar só às voltas na cidade, e fomos comprar pão para trazer para casa (e que belo pão!)

Chegámos à Guarda e fomos directos ao tal restaurante, que para azar nosso, estava fechado... bom, sendo assim, optámos por outro. Aqui, as doses eram bem servidas, mas a qualidade não era a mesma. Démos uma volta pela cidade só para fazer horas para irmos a uma loja de artigos da região, comprar o pão de Escalhão, que tem o nome da aldeia onde é produzido (mas acabou por ser uma desilusão). A caminho do estacionamento, ainda passámos por outra loja de bolinhos regionais (que eram uma maravilha, torta de amêndoa, morgadinhos, queijadas de canela e tarte de noz).

E pronto, chegámos ao carro, enchemos o peito de ar puro e... fomos para casa.

- BL

PS - Obrigado a quem me aturou nestas leituras e peço desculpa pelo atraso.

4. Guarda e Ciudad-Rodrigo

Estava programado irmos a Ciudad-Rodrigo logo de manhãzinha, mas como nos atrasámos, resolvemos ir à Guarda (até porque a R. queria ver mais movimento, mais pessoas) e à tarde íamos a Espanha. Chegámos à Guarda e estacionámos perto do castelo, onde infelizmente resolveram colocar umas antenas que deturpam a sua imponência. A Sé é bem bonita, construída entre os finais do século XIV e princípios do século XVI. A sua construção teve algumas interrupções devido aos confrontos entre lusos e castelhanos. Ao pé da Sé situa-se o turismo, onde nos fomos informar sobre o que visitar e onde comer. Ficámos a saber que aqui na Guarda estava o grande amor de D.Sancho, chamada Riberinha, a quem o nosso Rei diz-se que dedicou uma canção cujo verso diz "Ai muito me tarda o meu amigo na Guarda", mas na realidade não se referia a um amigo, mas sim a uma amiga. Andámos pela judiaria, área que se situava completamente isolada do resto da cidade, pois o seu acesso só se podia fazer por duas ruas. Ali tinham os Judeus um mundo àparte. Aproveitámos para procurar os cruciformes que marcavam algumas casas, mas a erosão não torna a coisa fácil.
Chegou a hora de almoço e lá fomos para o restaurante, onde mais uma vez não fomos decepcionados. Após o repasto, fizémo-nos à estrada na direcção de Ciudad-Rodrigo, mas eu estava com uma fézada que íriamos lá chegar em cima da hora de fecho das atracções turísticas.
Chegámos por volta das 16h45 (hora de Espanha), e como normalmente tudo fecha às 17h já estava em stress para encontrar o turismo e pedir conselhos sobre o que visitar.
Depois de termos entrado e saído uma catrefada de vezes, lá demos com o turismo. Fui atendido por uma moça simpática que me deu toda a informação necessária para procedermos à visita. Mais uma vez, fui bem recebido pelos castelhanos, o que é de lembrar. Após ter examinado uma folha onde constam os horários de visita dos vários monumentos, constatei que estava completamente errado, pois aqui eles estão abertos até às 19h e alguns até às 20h.

Ciudad-Rodrigo, declarado conjunto Histórico-artístico, obteve esta designação devido ao Conde Rodrigo González Girón que a fundou em 1150. É uma cidade fortificada, que foi conquistada pelas tropas napoleónicas em 1810 e reconquistada em 1812 pelos ingleses. Fomos visitar a catedral (2,50€/adulto;2€/estudante), onde as suas torres serviam também para avistar tropas inimigas. Fustigada por balas de canhão, devido às invasões francesas, a catedral começou a ser construída em 1168 e só acabou em 1753! Devido ao alargado período de construção existe uma mistura de estilos. Logo no claustro nota-se essa diferença entre o período romanico e o período renascentista. Apesar de nos claustros se poder tirar fotografias, dentro da própria igreja tal não é permitido. Lá dentro podemos observar um pórtico, construído no séc XIII de uma beleza extraordinária.
Saímos daqui e fomos dar uma volta a pé pela cidade (aliás, aconselho a deixarem o carro lá fora, porque lá dentro paga-se e é complicado arranjar lugar). Fomos até à plaza Mayor, observámos várias casas abrasonadas, passámos pelo edificio dos Correios e entrámos na igreja de São Pedro que ainda é mais antiga que a catedral. Lá dentro estava uma freira a conversar com outra senhora, que falavam tão alto que pareciam que estavam no café. Aqui também existe um pórtico mais antigo que o da catedral, séc XII, ao qual não podemos tirar fotografias. Saímos e voltámos ao centro da cidade, e é curioso que não se nota influência de estilos modernos, todas as lojas, bancos, policia, etc, situam-se em casas antiquíssimas sem lhes terem estragado as fachadas.

Já se estava a pôr a noite, fomos ao supermercado num instante onde comprámos o famoso hornazo (é tipo bola de carne, composto por lombo de porco, chouriço e presunto). Este tipo de tarte tem uma história, diz-se que ela era usada na celebração de Lunes de aguas, festividade que se celebra todos os anos na segunda-feira seguinte ao domingo de Páscoa na cidade de Salamanca. A sua origem remonta ao século XVI, quando o rei Filipe II ordena que as prostitutas que habitavam na cidade fossem tranferidas para fora da cidade, para que os homens (grande parte estudantes) evitassem a tentação durante a quaresma. Até à primeira segunda-feira seguinte à Páscoa, elas permaneciam na custódia do Padre Putas (assim designado pela população). Nesta altura, era ele que as conduzia de volta à cidade debaixo dum festejo estudantil, onde se enchiam de bebida e hornazo para celebrar a chegada das cortesãs com uma festa nas margens do rio Tormes.

Após as compras, seguimos viagem de volta para o nosso poiso em Portugal.

- BL

3. Gouveia, Folgosinho e Linhares

No terceiro dia de manhã, seguimos viagem para Gouveia. Apesar do tempo cinzento, deu para passear pela cidade e enquanto a R. foi a uma loja de artesanato andei eu e o D. a tirar umas fotos. No centro da cidade existem duas igrejas, em estilo barroco. Não sou apreciador de igrejas com azulejos. Passámos pela Câmara Municipal onde se pode visitar um jardim, e fomos à procura de poiso para almoçar. Acabámos por comer muito bem (como não poderia deixar de ser) e aqui foi onde provámos um doce bem catita. (Ló de Ovos - é estilo pão-de-ló, mas rasinho rasinho, com doce de ovos e canela, por cima)


Saímos do restaurante e pensámos em ir directo para o parque zoológico onde estão algumas das espécies animais da região, mas como o D. estava a dormir, resolvemos ir andando para Folgosinho, aldeia histórica onde nasceu o nosso Grande Viriato!
A aldeia é muito gira, com casas rústicas, algumas delas usadas para turismo-habitação. Para grande decepção nossa o turismo estava fechado, e como o D. estava a dormir saí para dar uma volta e tirar umas chapas. Estava um frio do catano, e a caminho do castelo já não sentia as mãos. Quando lá cheguei acima, já não sentia as orelhas e azar dos azares, devido ao intenso nevoeiro não se via nada de nada. Enfim, voltei para o centro da aldeia e fui até ao adro de Viriato onde os "jovens" se encontravam em alegre cavaqueira. Existem vários azulejos com quadras alusivas a Viriato ou à própria gente da aldeia. A R. gostou tanto que já andava a ver casas para comprar!

Daqui, fomos para Linhares da Beira, outra aldeia histórica da Serra da Estrela com um imponente castelo, solares e a escola de parapente do Inatel. No castelo temos uma bela vista, só é pena é estar repleto de diversas placas de cimento a servir de passadeira, fica muito feio. Numa das torres do castelo estava uma exposição de fotografia, mas não cheguei a ir ver.

Em caminho para Vila Ruiva, fizemos um desvio para ir comprar o belo do queijo da Serra, na Queijaria do Ilidio (12,50€/kg) , que aconselho vivamente, e mais à frente, no Cortiço, comprámos azeite do bom (+-25€/5litros)!

E pronto, o dia estava feito e voltámos para o nosso local de descanso. Após o jantar, decidimo-nos informar sobre uma possível estadia em Maio... e parece que vamos lá voltar brevemente!!
Aceito encomendas! :D

- BL

2. Salamanca

No segundo dia de férias, seguimos rumo a Salamanca, cidade-universitária de Espanha. O meu Pai avisou-me logo que iríamos ouvir falar mais português do que espanhol, mas tirando uns grupitos de estudantes do ensino secundário que andavam a fazer um pedy-paper pela cidade, não apanhámos ninguém a falar o nosso parlapiêr.

Para começar, passámos a viagem toda debaixo de chuva e já estávamos a pensar que tinha sido má ideia ir para tão longe, mas quando chegámos não havia chuva, o problema era outro: o frio. Estavam 0º, tinha nevado no fim de semana passado, e estava um vento a rematar-nos brisas gélidas para cima. Estacionámos perto do centro da cidade, e fomos visitar o Convento de San Esteban. (3€/adulto) Trata-se de um convento dominicano, tendo sido construído entre 1524 a 1610. Conta-se que Cristóvão Colombo se alojou neste convento quando foi a Salamanca para defender, perante os geógrafos da universidade, a possibilidade de chegar às Indias navegando para ocidente. A igreja contém um altar elaborado por José de Churriguera, em estilo barroco, de talha dourada, bastante bonito. Mais tarde foi construído um claustro superior, onde se podem ver em exposição algumas peças oriundas das missões realizadas nas Américas.

Saímos do convento e fomos para o centro da cidade observar a Plaza Mayor construída entre 1729 e 1755, de estilo barroco do século XVIII. É considerada uma das mais bonitas praças de toda a Espanha. Curiosidade: Apesar de parecer um quadrado perfeito, é apenas uma ilusão, o lado da Câmara Municipal tem 21 arcos, a lateral sul tem 2o, a lateral este tem 22 e a de oeste tem 25.

Fomos à procura de poiso para almoçar, e descobrimos um restaurantezito onde (infelizmente) era permitido fumar, mas como a oferta parecia porreira, lá entrámos. Safámo-nos bem, a oferta era real e acabámos por comer bem. A partir desta hora, não se vê vivalma na rua... poucas são as lojas abertas, e os monumentos estão fechados. Acabámos por nos metermos numa ou outra loja para a R. desafogar a vista e para nos abrigarmos do frio.
De volta aos monumentos, lá fomos nós direito à catedral, aliás, catedrais pois em Salamanca existem duas! A velha e a nova. Antes de lá chegarmos passámos pela casa de las conchas, onde fica situada a biblioteca. Dirigimo-nos para a catedral, e numa das entradas laterais pude fintar um gajo que lá estava a tentar sacar algo dos turistas menos prevenidos.

Señor:"Hola! .."
BL: "No comprendo"
S:"ah, izepique engalich?"
BL: "não! no te entiendo!"

Virei costas e pus-me a andar para a entrada principal, sem antes reparar que o senhor ficou parado a coçar a cabeça a tentar perceber que raio de nacionalidade era a nossa...
Entrámos na catedral nova, para irmos para a parte velha pagávamos 4€/adulto, e assim preferimos visitar a que não se pagava. Um dia mais tarde, visitamos a outra. A catedral nueva foi construída entre 1513 e 1733, conta com várias capelas, um altar-mor e um coro. Numa das capelas encontra-se uma relíquia, o antebraço esquerdo de um bispo de Salamanca, canonizado em 2001 pelo Papa João Paulo II.
Após a catedral, tentámos as universidades que estão divididas em escolas maiores (4€/adulto) e escolas menores (gratuito).


Adivinhem o que fomos visitar? Pois claro, as escolas menores... Por esta altura, a R. já tinha desligado a função de "turista" e só queria era que nos despachássemos. As escolas localizam-se num claustro pequeno com várias portas que dão acesso à parte de cursos internacionais. Por esta altura, a R. já tinha desligado a função de "turista" e só queria era que nos despachássemos. Por incrível que pareça, falhámos a visita ao "el cielo de Salamanca", e estivémos ali tão perto... fica num dos lados desse claustro.
Fiquei chateado por não ter aproveitado mais o tempo... da próxima levo as coisas minimamente organizadas. Aqui têm uma informação de turismo de Salamanca.

Por volta das 17:30 voltámos para Portugal, ou melhor, para o nosso poiso, Vila Ruiva.

- BL