Look at the time...

quarta-feira, 21 de setembro de 2005

Custo laboral

Hoje deparei-me com uma noticia muito curiosa... o custo laboral na UE, e até imagino os jornalistas ou pessoal de estudos estatísticos a andar pelas ruas "vermelhas" da Europa a perguntar "Olha lá, quanto é levas à hora?", e como é óbvio as nossas foram classificadas como sendo as mais baratas... as nossas horas, ok?

Mais uma vez, Portugal coloca-se em último lugar em mais uma estastística da UE dos 15. Querem valores? Pois bem... em Portugal cada hora vale a magnifica quantia de 7,21€, se olharmos para a Grécia, vemos que os nossos amigos gregos levam 10,54€, mas não é preciso ir tão longe, basta olhar aqui para os nossos vizinhos onde cada hora custa-vos 16,59€. No topo situam-se países como a Dinamarca (28,14€) e a Alemanha (27,60€) embora nesta última a taxa de desemprego tenha estado em alta.. e agora com o governo por decidir... nem sei.
Uma vez que já fomos ultrapassados pela Grécia, resta-nos agora sermos ultrapassados pela Hungria (4,53€), Républica Checa (4,49€) e Polónia (4€). Afinal de contas são apenas 3 € de diferença. Acredito que Portugal vai lá chegar! Sim, se há coisas para acreditar no nosso país, esta é uma delas...

Esta coisa toda faz-me pensar no que andam os imigrantes a ver de bom aqui no nosso Portugal, senão vejamos: Pagam mal, o clima já foi melhor, restam os brandos costumes... mas quais brandos costumes? Um país onde se descobriu que advogados, médicos, politicos, apresentadores de tv, andavam a ter relações com crianças? Onde uma Mãe e um padrasto matam uma filha por um punhado de trocados, da qual nem se sabe do corpo? Onde dirigentes futebolísticos, presidentes de câmara, árbitros e etc são dados como arguidos num caso de corrupção e outros crimes? ... onde é que já vão os nossos brandos costumes? E nem vamos falar na qualidade televisiva, pois não? Não, não vamos... ok, não vamos por agora.
Agora lembrei-me, se calhar vêm por causa das caixinhas da EMEL... é que nós podemos receber pouco, mas há sempre quem deixe o dizimo naquelas maquinetas com um P em azul...( sim, para estacionarmos a nossa viatura andante a gasolina, que também é das mais baratas da Europa.. NOT). Essas ditas caixitas são muito fáceis de rebentar, como nos demonstraram vários cidadãos de leste, mas foi só para demonstrar que eles nem ficam com um cêntimo, foi só para a câmara, nada de mais... yeah right.

Podemos levar pouco à hora, mas o servicinho é sempre completo, vejam-se como exemplos a EXPO98 e o EURO2004. Querem mais?

- BL

terça-feira, 20 de setembro de 2005

O berço

Pois é caríssimos, eu não sei se já vos tinha contado isto mas... vou ser Pai... é verdade.

[Devem vocês estar a pensar como é que um gajo como eu vai ser Pai. É o destino! Tenho a certeza que a vida me irá ensinar a sê-lo da melhor forma possível para uma pessoa como eu... o que vai durar uma eternidade, mas no fundo é para filhos que cá estamos a partir do seu nascimento, não é? Outros que dizem que me conhecem e olham para mim como uma pessoa consciente da sua responsabilidade, atinadinho e de humor frio e negro... nada mais tenho a acrescentar, deixem-se ficar na vossa ilusão, e eu até prefiro que pensem assim! @:) ]

Bom, mas o que vos venho contar é a história de um berço com pelo menos dois séculos de existência... Só não sei se a contagem já acabou ou não, e é isso que me traz aqui. É o desabafo por sentir que uma tradição familiar me foi tirada, aliás, foi retirada ao meu filho, neste caso, mas poderia ter sido a qualquer outro futuro descendente da minha familia. Segundo o meu Pai e tias, o berço surgiu com o nascimento da minha tetra-avó em 1800 e qq coisita, chegou a passear por Angola, numa altura em que os meus avós e tio-avós se deslocaram para lá, e parece que era feito em pau-santo. O berço rodou os descendentes todos, incluindo a minha avó paterna, os 4 filhos que ela teve, a minha tia-avó e as suas duas filhas, eu, o meu irmão e primos meus... até que... *puff* (fez-se o chocapic) nunca mais soube dele. Como sempre ouvi falar no berço desde pequenito, imaginei que um dia havia de prolongar essa tradição. São poucas as tradições em que "acredito", mas achei que esta era a "nossa" tradição familiar que remonta há praticamente dois séculos.

É claro que é com muita pena minha que vejo que o meu filho e restantes descendentes, não a vão realizar mas são as situações que a vida nos proporciona, por vezes.
Julgo que o berço se encontra agora num armazém no Ribatejo, do qual "não pode" ser retirado. É pena.

- BL

quinta-feira, 1 de setembro de 2005

O cartãozinho pessoal

Amigos, vocês já reparam numa pequena curiosidade quando alguém vos entrega um cartão pessoal? O facto de o canto superior esquerdo do cartão estar dobrado é algo que ainda não entendi. Todos dizem que é uma manifestação de cordialidade, mas até acho que é mais que isso.

Vendo bem, tem várias utilidades.
(Vão-me perdoar as almas mais sensiveis que lêem este pequeno blog. Poderão dizer vocês: mas quais almas sensiveis? ou mas quem é que lê o teu blog? Sim, porque de facto eu não sou nenhum dos GF's, nem nenhum Serginho (bllarc) ou o José Pacheco Pereira ou o Marcelo Rebelo de Sousa, esse ícone... enfim, depois falaremos dele.)

Bom, mas voltando ao assunto... que utilidade tem o cartão com o canto dobrado? Até é engraçado que a primeira coisa que fazemos é "desdobrar" o canto... porque de outra maneira como caberia na carteira? Realmente poderão exisitir algumas formas de dar uso ao dito "cantinho", quem sabe para retirar aquela coisa chata que se encontra encravada na unha e que com alguma agilidade, lá conseguimos retirá-la. Ainda há outra coisa... ainda mais nojenta, que é quando acabámos de comer bacalhau, ficámos com uma coisa entravada nos dentes e não temos palitos... "Olha, ainda bem que o Manel me entregou o cartão... deixa cá ver... pronto, já está!". Também é porreiro para limpar o teclado daquelas nojices do dia-a-dia, cabelos, pelos, bocados de bolacha e outras coisas que tais.

Enfim, afinal até tem utilidade... agora questiona aquela história da cordialidade...não será mais uma de utilidade?

- BL