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domingo, 24 de maio de 2009

Luso - 4º e último dia

Sendo o último dia, tínhamos combinado que íamos só passar em Coimbra para comprar uma caixa de pastéis de Tentúgal e que depois seguíriamos para Conímbriga, porque a R. nunca tinha visitado.

Digamos que com tanto tempo perdido, démos por nós a almoçar em Condeixa-a-Nova (já com os pastéis no bolso) e só depois de almoço é que fomos às ruínas.

Numa só palavra: desilusão

Foi praticamente uma perca de tempo. Aqui cada adulto paga 4€ para visitar as ruínas e o museu. É-nos dado um mapa com indicação dos vários sitios por onde vamos passar, mas quando finalmente estamos a percorrer as ruínas não existe uma única placa alusiva aos lugares que estamos a observar. A dada altura, já não sabia se estávamos no forum, ou nas grandes termas do Sul, ou nas casas dos nobres que aqui residiam.

Tinha achado muito mais piada quando lá tinha ido numa visita de estudo e não me lembrava daquilo assim. Enfim, os anos passam, mas ali não mudaram nada. Só me lembrava dum museu que vimos em Barcelona, que continha as ruínas da cidade. Era totalmente coberto, tinha indicações do que estávamos a ver e também tinham ilustrações de como seriam as pessoas na época, e claro, objectos que foram encontrados durante as explorações.

É claro que Conímbriga é muito maior (mesmo muito maior) que a cidade romana por baixo de Barcelona, mas não sendo possível cobrir todo o recinto (que está assim a sofrer as consequências da erosão) pelo menos, podiam ter colocado placas a identificar os vários sitios por onde vamos passando.

O museu monográfico dá para conhecer um pouco do povo que ali viveu, da sua cultura e de alguns rituais, principalmente fúnebres. Infelizmente, após tal desilusão não deu para saboreá-lo da melhor maneira.

Foi pena que o nosso fim de semana tivesse terminado desta maneira, mas enfim.

O melhor deste fim de semana foi o Portugal dos Pequenitos e a Mata do Buçaco.

O pior foi, definitivamente, Conímbriga.

(Já sei que fui demasiado extenso… mas de outra forma como puderia explicar tudo o que vivemos neste fim-de-semana?)

- BL

sábado, 23 de maio de 2009

Luso - 3º dia

Este dia foi aproveitado para andar por aqui, e finalmente entrar na Mata do Buçaco (ou Bussaco, como antigamente). É realmente uma maravilha da Natureza. A quantidade e qualidade da flora é magnífica. O cenário assemelha-se a Sintra, mas com mais claridade e maior diversidade de espécies arbóreas.

Entrámos pela porta do Luso, e parámos na fonte Fria, onde um grupo de pessoas iam iniciar um piquenique, coisa que na zona é perfeitamente comum. A estupidez levou-os a colocar tudo o que era bebida, refrigerante e vinho dentro da própria fonte, inclusivamente uma caixa de cartão com garrafas. Não compreendo porque é que nós somos assim tão inconscientes.

Com a R. a dar de mamar ao A., eu e o D. subimos todos os degraus da fonte para vermos os diversos andares da mesma. Chegados lá acima, o D. queria continuar pelo carreiro, mas tivémos que ir para baixo pois não tinha piada andarmos nós a passear com os outros dois elementos da familia dentro do carro.

Fomos então até ao Palácio Hotel do Buçaco, onde visitámos o convento de Santa Cruz do Buçaco. O Palácio é algo de… espectacular. Não se pode visitar, a não ser que sejamos hóspedes. Deve ser das obras mais belas que eu vi em Portugal e no estrangeiro. Claro que como Hotel de 5*, o custo de aqui pernoitar é demasiado elevado para os comuns mortais, ainda mais quando são Portugueses.

Para entrar no convento paga-se 1€/adulto, até aos 64 anos, e as crianças não pagam. (Como é que é possível podermos manter os nossos monumentos com uma quantia tão baixa! Fosse noutro país e pagaríamos mais do que o dobro.)

O convento foi fundado em 1628 e pertencia à ordem dos Carmelitas Descalços. Achámos engraçado as portas e o tecto serem feitos de cortiça, talvez por ser um excelente elemento isolador. Em cada canto do claustro-corredor, existem painéis de azulejo. Existe uma porta que nos dá acesso à igreja, onde se encontra o túmulo de D. João de Melo, bispo de Coimbra que foi quem doou as terras à Ordem. Na sua lápide pode ler-se:

Vivo, não morto
Aqui está, não jaz
D.João de Melo
Bispo de Coimbra

De volta ao claustro, outra porta permite-nos entrar nas acomodações do Duque de Wellington, que aqui pernoitou após a famosa Batalha do Buçaco, que decorreu a 27 de Setembro de 1810, e onde o império napoleónico (ou o império do Ladrão) sofreu a sua primeira derrota.

Démos a volta completa ao palácio e seguimos uma estrada que foi dar a um passo, isto porque dentro da Mata do Buçaco existe uma via sacra com os 20 passos de Cristo. Por motivos óbvios, não nos metemos na aventura de percorrer a mata a pé, mas fica prometido para uma outra oportunidade, até porque é a única maneira de a apreciarmos devidamente.

Entrámos no carro e fomos até à Cruz Alta, de onde se tem uma vista magnífica sobre três distritos, Coimbra, Aveiro e Viseu. É o ponto mais alto do Bussaco.

Almoçámos no restaurante “O Cesteiro” no Luso, onde fomos muito bem presenteados com um “Bacalhau à Cesteiro”, que terminou com umas “Natas do céu”. A seguir ao repasto, fomos até ao monumento comemorativo da Batalha do Buçaco e visitámos o Museu Militar. Aqui também só se paga 1€/adulto, as crianças até aos 10 anos não pagam, e é um museu de propriedade do Exército Português. O museu foi inaugurado em 1910, aquando da comemoração do 1º Centenário da batalha. Como não puderia deixar de ser, este contém toda a informação e espólio da batalha. Tem duas maquetes com cenários de combate, onde podemos ter alguma noção do que se passou, peças militares, figuras uniformizadas e uma peça de campanha de 9 libras que tomou parte na batalha e respectiva guarnição. Aqui não é permitido fotografar. A capela que se encontra anexa (aliás, é o museu que se encontra anexo) está fechada à espera de restauro. Vale a pena visitar.
Daqui, voltámos a entrar na Mata, pela porta da Rainha e fizémos o sentido inverso. Deparámo-nos com uma das maiores e mais largas árvores aqui existentes, um eucalipto da Tasmânia, que foi plantado em 1882 e mede cerca de 60 metros. Ainda passei de fugida no Cruzeiro e, por engano meu, voltámos a sair pela mesma porta, a do Luso.

Terminámos o dia na fonte de São João, a encher os (apenas) 3 garrafões que tínhamos no carro, com a famosa água do Luso.

A seguir ao jantar, fomos até Coimbra, para observar a cidade à noite. Foi apenas uma volta de carro pelas ruas estreitas e aproveitar para tirar algumas fotos às repúblicas, à universidade, etc… mas infelizmente não ficaram nada de jeito pois a luminosidade era pouca.

- BL