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segunda-feira, 14 de abril de 2008

2. Salamanca

No segundo dia de férias, seguimos rumo a Salamanca, cidade-universitária de Espanha. O meu Pai avisou-me logo que iríamos ouvir falar mais português do que espanhol, mas tirando uns grupitos de estudantes do ensino secundário que andavam a fazer um pedy-paper pela cidade, não apanhámos ninguém a falar o nosso parlapiêr.

Para começar, passámos a viagem toda debaixo de chuva e já estávamos a pensar que tinha sido má ideia ir para tão longe, mas quando chegámos não havia chuva, o problema era outro: o frio. Estavam 0º, tinha nevado no fim de semana passado, e estava um vento a rematar-nos brisas gélidas para cima. Estacionámos perto do centro da cidade, e fomos visitar o Convento de San Esteban. (3€/adulto) Trata-se de um convento dominicano, tendo sido construído entre 1524 a 1610. Conta-se que Cristóvão Colombo se alojou neste convento quando foi a Salamanca para defender, perante os geógrafos da universidade, a possibilidade de chegar às Indias navegando para ocidente. A igreja contém um altar elaborado por José de Churriguera, em estilo barroco, de talha dourada, bastante bonito. Mais tarde foi construído um claustro superior, onde se podem ver em exposição algumas peças oriundas das missões realizadas nas Américas.

Saímos do convento e fomos para o centro da cidade observar a Plaza Mayor construída entre 1729 e 1755, de estilo barroco do século XVIII. É considerada uma das mais bonitas praças de toda a Espanha. Curiosidade: Apesar de parecer um quadrado perfeito, é apenas uma ilusão, o lado da Câmara Municipal tem 21 arcos, a lateral sul tem 2o, a lateral este tem 22 e a de oeste tem 25.

Fomos à procura de poiso para almoçar, e descobrimos um restaurantezito onde (infelizmente) era permitido fumar, mas como a oferta parecia porreira, lá entrámos. Safámo-nos bem, a oferta era real e acabámos por comer bem. A partir desta hora, não se vê vivalma na rua... poucas são as lojas abertas, e os monumentos estão fechados. Acabámos por nos metermos numa ou outra loja para a R. desafogar a vista e para nos abrigarmos do frio.
De volta aos monumentos, lá fomos nós direito à catedral, aliás, catedrais pois em Salamanca existem duas! A velha e a nova. Antes de lá chegarmos passámos pela casa de las conchas, onde fica situada a biblioteca. Dirigimo-nos para a catedral, e numa das entradas laterais pude fintar um gajo que lá estava a tentar sacar algo dos turistas menos prevenidos.

Señor:"Hola! .."
BL: "No comprendo"
S:"ah, izepique engalich?"
BL: "não! no te entiendo!"

Virei costas e pus-me a andar para a entrada principal, sem antes reparar que o senhor ficou parado a coçar a cabeça a tentar perceber que raio de nacionalidade era a nossa...
Entrámos na catedral nova, para irmos para a parte velha pagávamos 4€/adulto, e assim preferimos visitar a que não se pagava. Um dia mais tarde, visitamos a outra. A catedral nueva foi construída entre 1513 e 1733, conta com várias capelas, um altar-mor e um coro. Numa das capelas encontra-se uma relíquia, o antebraço esquerdo de um bispo de Salamanca, canonizado em 2001 pelo Papa João Paulo II.
Após a catedral, tentámos as universidades que estão divididas em escolas maiores (4€/adulto) e escolas menores (gratuito).


Adivinhem o que fomos visitar? Pois claro, as escolas menores... Por esta altura, a R. já tinha desligado a função de "turista" e só queria era que nos despachássemos. As escolas localizam-se num claustro pequeno com várias portas que dão acesso à parte de cursos internacionais. Por esta altura, a R. já tinha desligado a função de "turista" e só queria era que nos despachássemos. Por incrível que pareça, falhámos a visita ao "el cielo de Salamanca", e estivémos ali tão perto... fica num dos lados desse claustro.
Fiquei chateado por não ter aproveitado mais o tempo... da próxima levo as coisas minimamente organizadas. Aqui têm uma informação de turismo de Salamanca.

Por volta das 17:30 voltámos para Portugal, ou melhor, para o nosso poiso, Vila Ruiva.

- BL

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