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quarta-feira, 12 de maio de 2010

A importância das coisas

Ontem, o Papa Bento XVI recebeu ofertas de três clubes lisboetas, Belenenenses, Sporting e Benfica. Sei que o Benfica ofereceu uma camisola do clube e uma águia em “metal”, o Sporting também ofereceu uma camisola e o Belenenses nem sei o que ofereceu, e isto porquê? Porque não é importante.

O importante é dizer o que o benfica ofereceu, falar com dois benfiquistas ali presentes, Nuno Gomes e Rui Costa (que estavam com uma voz de quem sai duma festança rija e cheia de beberete, apropriada para a ocasião) filmar o Papa a receber a camisola, dizer que o pessoal fartou-se de bater palmas, mostrar a águia e ainda mostrar os 22 miúdos de equipas do benfica que ali foram ter com o Papa.

Do Sporting? Nada

Do Belenenses? Nada

Eu continuo a não perceber e a criticar fortemente esta comunicação social da tanga que temos no nosso Portugal. As minhas cores clubísticas não são de nenhum destes grandes clubes. Já fui sócio do Belenenses e confesso adepto, mas as ocorrências após um jogo Belenenses-Boavista fizeram-me rasgar o cartão sem olhar para trás.

Estou-me a desviar do assunto, eu sei, mas que me apetece esmurrar estes artistas que dão demasiado tempo de antena a um clube e esquecem-se que existem muitos mais no nosso País, apetece e muito! É verdade que não é de agora, já vem de há muito tempo. Eu lembro-me bem de quando o FC Porto ganhou ao Panathinaikos (na Grécia) por 2-0 e passou às meias-finais da Taça Uefa, que acabou por vencê-la em 2003, o assunto do dia era a unha encravada dum jogador do benfica. Para o FC Porto foi reservado um cantinho com o Derlei a festejar o golo que havia marcado.

Quando o jornal “O jogo” apareceu, todos se queixaram que era um jornal Portista e etc, mas na realidade não o era, só que como não dava a mesma importância ao clube da Luz, tanto massacraram que hoje em dia é igual a todos os outros.

Não há volta a dar… as coisas são como são! É triste? É! Puderiam mudar? Podiam, mas arriscavam-se a nem vender metade dos jornais, e como tudo anda à volta do mesmo, lá se vai fazer jornalismo deprimente e sem sentido de justiça!

- BL

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