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segunda-feira, 14 de abril de 2008

1. Seia e a azelhice...

No nosso primeiro dia de estada por terras beirãs, decidimos ir a Seia, com o objectivo de subir até à Torre e mostrar neve ao D., mas rapidamente constatámos que foi uma ideia mal pensada. Supostamente, tínhamos pensado passar a manhã em Seia, a visitar a cidade e alguns dos seus monumentos. Infelizmente... Seia nada tem para oferecer (na minha humilde opinião) a não ser o artesanato e a gastronomia (que já conta) e acabámos por andar às voltas para descobri o centro de interpretação da Serra da Estrela, que nunca achámos! Por esta altura, já andava a stressar e revolvi estacionar o carro e andar a pé pela cidade.
Fomos ver algumas lojas de artesanato onde comprámos um tobogã por 10€, e acabámos por almoçar num restaurante da cidade onde comemos bem, aliás, como em todos os sítios onde almoçámos/jantámos nestas férias.
A seguir ao almoço, fomos para a Torre para ir experimentar a última aquisição. A meio do caminho, ao pé do Sabugueiro, reparei que a carrinha tinha acendido a luz da reserva, mas continuei até à Torre.
O D. estava a dormir, e então eu resolvi dar uma voltinha para sentir ... o frio! Estavam -2ºC e sentia-se bem. Voltei à carrinha para me apetrechar e o D. acordou. Fomos então, mostrar-lhe a neve... acabou em birra, acredito que a cena de acordar, vestir e ir para o frio mexeu com ele, mas assim que se meteu no tobogã comigo, tudo mudou! Foi um fartote, só queria era mais, mais e mais até que passado umas horas estávamos nós de rastos e ele só queria era continuar.
Saímos e seguimos para Seia, mas... a certa altura, parei para tirar uma foto e a carrinha desligou-se sozinha. Mau presságio, pensei logo... e era, tínhamos ficado sem gasóleo!! Contactámos a GNR, nada... estavam do outro lado da serra. Quando começámos mesmo a gelar, e após um outro contacto com a GNR lá nos deram o telefone dum senhor que podia lá ir desenrascar-nos, pagando-lhe entre 40 a 50€. A opção seria eu percorrer 22km a pé (ida e volta) até perto do Sabugueiro para ir buscar gasóleo, deixando a R. e o D. sozinhos e a rapar um frio do caraças. E agora vocês podem estar a pensar, podias era ter pedido a alguém para te dar boleia. É verdade, não fosse a simpatia daqueles que pedi para me fazerem esse favor. Alguns nem paravam, outros respondiam "ah, eu não sou daqui!". Tive azar, fosse alguém da terra e tenho a certeza que não nos tinham deixado ficar mal.
Acabei por empurrar a carrinha e ela lá pegou e consegui descer mais um pouco, até ao encontro da tal pessoa.
E pronto, lá foram 50€ para o galheiro!

Com isto tudo, fiquei a odiar Seia (apesar de não ter culpa de nada) e nunca mais lá voltei, apesar de termos acertado ir ao museu do Pão almoçar. ARRGH!

- BL

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