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quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

A minha ex-amiga MJ

Hoje escrevo duas vezes... pois, é que tanto o Richard como a MJ têm uma coisa em comum, fazem anos no mesmo dia. Como infelizmente/felizmente já não sou amigo da MJ, resta-me deixar aqui uns votos de um dia muito feliz e que os seus desejos sejam realizados.

A MJ foi uma amiga que conheci no meu segundo emprego, onde nos começámos a dar bem, praticamente, desde o primeiro dia. A amizade foi crescendo, e chegámos a sair prá night, jantares, bares, andávamos no mesmo ginásio, almoçávamos sempre juntos... enfim, o normal comportamento de amigos. Ela conheceu um outro amigo nosso que acabou por vir trabalhar connosco e com ele formávamos uma tripla porreira! A pouco e pouco, notei que a nossa amizade era daquelas que era para sempre e apostei nela. Sempre tive um carinho especial por ela porque a tomava como a minha irmã mais velha, relatava-lhe coisas da vida e pedia-lhe muitas vezes ajuda para melhorar a nível profissional. Ela e o marido chegaram até a ajudar-nos a fazer algumas mudanças para a nossa casa.

Julgo que o quebrar desta relação começou com o meu casamento. Nós convidámo-los e eles não quiseram/puderam vir. Não sei o que os levou a negar o convite, e nem sei se nessa altura houve algum desentendimento (errado) da parte deles, porque nós queríamos mesmo que eles estivessem presentes. Tanto eu como a minha esposa ficámos bastante magoados, mas não foi por isso que nos afastámos. Ela acabou por mudar de local de emprego, e nós deixámo-nos de ver tantas vezes como antigamente.

Faz hoje alguns anitos, em que ela nos convidou para o jantar de aniversário dela e nós acedemos ao convite, mas só não achei muita piada à forma de convidar... e ainda por cima, ao "mandar de boca" o facto de nós termos que chegar a horas, quando sabia perfeitamente que nós éramos extremamente cumpridores. É claro que fiz o que me é habitual, fomos os primeiros a chegar, mas já vínhamos aborrecidos e pouco lhe ligámos durante o jantar. Acabámos por conversar com uma rapariga que era namorada do irmão dela, pessoa de quem só ouvíamos falar mal, mas que afinal (não sei se era do momento) acabou por ser bastante simpática e sociável.

E pronto, foi a partir desta data que as coisas azedaram por completo. Quando saímos do jantar e quando tudo se preparava para sair
prá night, nós acabámos por recusar tendo ela logo dito: "Já sei que não vão.". Raras foram as vezes que falámos desde essa altura, quando nos encontrávamos, cumprimentávamo-nos sempre, sempre educados, mas provavelmente deveríamos ter feito mais do que isso. Deveríamos ter lutado pela nossa amizade e resolver o que havia para resolver... mas não, deixámos passar o tempo, e se ele por vezes é o melhor conselheiro, neste caso foi o pior.

Em 2006, voltei a reencontrar-me mais com o marido dela, através das nossas jogatanas de futebol de 7 e de 5. Sempre na boa, mas sem nada ter a ver com a nossa "antiga" amizade.

Bem, quando a minha situação no emprego começou a complicar pedi-lhe ajuda, e ela acedeu. É verdade que a ela devo o facto de me ter saído bem e apesar de ter saído da empresa, saí por cima e pela porta grande.

Veio a altura em que me encontrava desempregado e que praticamente passava o dia em casa, a cuidar do meu filhote, levá-lo/buscá-lo, fazer mudanças para a casa nova, arranjar a casa... etc, etc... e desliguei-me muito da nossa situação. Quando voltei a trabalhar, lembrei-me dela e da nossa amizade, num daqueles dias em que se pensa no que fizémos de errado e o que podemos fazer para melhorar, e depois de me ter aconselhado com uma grande amiga minha, resolvi escrever-lhe um mail. Foi a 5 de Setembro do ano passado:

"[...] Queria-te perguntar o que foi feito da nossa amizade que era bastante positiva, para não dizer excelente e que de repente, de um momento para outro, foi desmoronada. Se a culpa é minha, se a culpa é tua, ou nossa ou vossa... acho que as coisas poder-se-iam resolver.
Pergunto-te isto, mas eu também não sei a resposta. Só sei que, se há problemas na vida que se devem resolver são os que se passam com os amigos. Mais que tudo, são as pessoas e os laços entre elas que importam na vida.
Já dizia alguém: "Uma amizade nobre é uma obra de arte a dois.", portanto tanto eu como tu, tanto nós como vós, podemos resolver as nossas questões e fazer renascer a amizade que tínhamos ou então, desistimos e ficamos como estamos.

Eu gostava de reatar a nossa amizade, e tu? [...]"

A resposta... bem... a resposta foi algo inesperado, e coisa que eu nunca pudesse imaginar. É óbvio que foi um não, mas foi mais que isso! Guardo-a bem guardadinha, não para esfregar na cara de alguém, não para usar como arma vingativa, guardo-a para da próxima vez saber o que não devo fazer para estragar uma amizade.

Das pessoas com quem falei a respeito disto, não mencionando as pessoas em questão, mas sim a resposta que a MJ deu, acabaram todas por ficar estupefactas. Aquilo que me acusou de ser, é unanimemente uma falsidade. E eu pergunto-me o que a levou a pensar isso da minha pessoa. Enfim, há quem diga que quem perde é ela, até pode ser verdade... mas se é verdade, e se o assunto morreu aqui, porque é que eu continuo a pensar que merece a pena lutar pela sua amizade?

- BL

PS - Parabéns MJ!

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