Look at the time...

terça-feira, 20 de setembro de 2005

O berço

Pois é caríssimos, eu não sei se já vos tinha contado isto mas... vou ser Pai... é verdade.

[Devem vocês estar a pensar como é que um gajo como eu vai ser Pai. É o destino! Tenho a certeza que a vida me irá ensinar a sê-lo da melhor forma possível para uma pessoa como eu... o que vai durar uma eternidade, mas no fundo é para filhos que cá estamos a partir do seu nascimento, não é? Outros que dizem que me conhecem e olham para mim como uma pessoa consciente da sua responsabilidade, atinadinho e de humor frio e negro... nada mais tenho a acrescentar, deixem-se ficar na vossa ilusão, e eu até prefiro que pensem assim! @:) ]

Bom, mas o que vos venho contar é a história de um berço com pelo menos dois séculos de existência... Só não sei se a contagem já acabou ou não, e é isso que me traz aqui. É o desabafo por sentir que uma tradição familiar me foi tirada, aliás, foi retirada ao meu filho, neste caso, mas poderia ter sido a qualquer outro futuro descendente da minha familia. Segundo o meu Pai e tias, o berço surgiu com o nascimento da minha tetra-avó em 1800 e qq coisita, chegou a passear por Angola, numa altura em que os meus avós e tio-avós se deslocaram para lá, e parece que era feito em pau-santo. O berço rodou os descendentes todos, incluindo a minha avó paterna, os 4 filhos que ela teve, a minha tia-avó e as suas duas filhas, eu, o meu irmão e primos meus... até que... *puff* (fez-se o chocapic) nunca mais soube dele. Como sempre ouvi falar no berço desde pequenito, imaginei que um dia havia de prolongar essa tradição. São poucas as tradições em que "acredito", mas achei que esta era a "nossa" tradição familiar que remonta há praticamente dois séculos.

É claro que é com muita pena minha que vejo que o meu filho e restantes descendentes, não a vão realizar mas são as situações que a vida nos proporciona, por vezes.
Julgo que o berço se encontra agora num armazém no Ribatejo, do qual "não pode" ser retirado. É pena.

- BL

Sem comentários: