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terça-feira, 20 de julho de 2010

Optimus Alive - Pearl Jam

Já lá vão 10 dias após o concerto, mas demorei muito a limpar-me das carradas de pó com que saí do recinto, daí a demora a vir cá falar-vos do evento, mas primeiro que tudo deixem-me falar um pouco acerca do festival em si.
Digamos que foi o melhor festival de música em que estive presente. A entrada foi feita na mais pura das calmas, sem stress's sem esperas, sem encontrões e parvoeiras de última hora. Já tinha lido que no primeiro dia tinha sido um dos aspectos mais negativos, mas provavelmente teria a ver com a colocação de pulseiras, coisa que terá que ser revista por parte da organização. Outra coisa a ser revista deverá ser o espaço, (ou falta dele) pois realmente notei que era complicado movimentar-mo-nos no recinto, e acabámos por perder alguns minutos de concertos dos palcos menores.
À entrada foi-nos dado um cartão que nos possibilitava a entrada na tenda VIP, dependendo se era o cartão "dourado" ou não, facto que tinha que ser validado à entrada da mesma, o que originou uma fila brutalíssima... e como já não fosse óbvio que me estava a borrifar para a tenda VIP, muito menos seria depois de verificar o tempo que iríamos ficar à espera.

Como chegámos cedo, ainda deu para andar de um lado para o outro sem muita confusão, pois o pessoal queria era meter-se nas filas para a tenda VIP, nas filas para o cesto, nas filas para... etc, etc.
Numa das nossas movimentações fomos a um quiosque da Buondi beber um cafézinho e demos conta que andavam a lançar t-shirts para o meio do pessoal que andava por ali. O meu primo decidiu ir investigar a coisa e tentar ganhar uma t-shirt, mas o problema era que o pessoal quase que se matava por um pedaço de pano (ainda por cima, vermelho). Após alguns lançamentos e nós sem nada nas mãos, eis que (quase como por milagre) estava eu paradinho, paradinho a gozar a parada, quando vem-me para uma às mãos! Estava uma rapariga ao meu lado que ficou toda lixada comigo pois eu nem me tinha esforçado e ela já andava ali no meio há bastante tempo e nicles! Foi engraçado, mas sinceramente, o pessoal que ali andava podia ter mais respeito pelas pessoas, até porque andavam por lá algumas raparigas e alguns miúdos que se apanhassem com algum destes monos em cima, deveriam ficar em mau estado.
Assistimos a alguns pequenos concertos, mas infelizmente, não decorei nomes para vos dizer, mas qualquer um deles foi porreiro. Por volta das 20h fomos jantar e por incrível que pareça, no meio de tanta gente, encontrei uma amiga minha que já não via há mais de um ano.
Após o jantar assistimos a uma batalha de graffiti, e fomos à procura de mais um quiosque do cafézinho, mas a fila era tão grande que deixámos para depois.

Aproveitámos para ouvir Gogol Bordello, que parecem saídos dum filme de Kusturica, de espírito bastante alegre e sorridente (e convenhamos... regado com a bela da vinhaça Portuguesa). Chegámos então ao concerto tão esperado. Não ficámos muito bem colocados, pois estava um pouco "overcrowded" e quem diz que lá estiveram (apenas) 45 mil pessoas, mente. É impossível ter estado tão pouca gente. 
Talvez por ser o último concerto da tournée, notou-se muito o cansaço da banda. Se analisarmos bem o alinhamento do concerto, verificamos que houve muita "balada" e pouco rock. 

    * Release
    * Elderly Woman Behind The Counter In A Small Town
    * Animal
    * Given To Fly
    * In Hiding
    * Unthought Known
    * Nothingman
    * Daughter / Blitzkrieg Bop
    * Even Flow
    * Just Breathe
    * Wishlist
    * Black
    * Glorified G
    * Why Go
  
    Encore 1
    * The End
    * Improv (Portugal, Portugal)
    * Public Image
    * The Fixer
    * Wasted Reprise
    * Better Man
  
    Encore 2
    * Smile
    * Once
    * Alive
    * Yellow Ledbetter

Eu gostei do concerto, o público fartou-se de cantar e acompanhar o Eddie, e o rapaz até canta pra caraças (apesar de estar embebido na garrafita que os rapazes de Gogol Bordello deixaram). Ainda houve espaço para pequenos espectáculos de guitarra com o McCready, e para mim o auge foi ouvir a música "Black". É qualquer coisa do outro mundo...  fez-me "voar" dali.


No final do concerto guardamos o anúncio proferido por Eddie, o facto de nos ter agradecido por termos vindo ao último concerto, não ao último, mas será o último durante muito muito tempo. É claro que os elogios de sermos a melhor audiência do Mundo, não faltaram... faz parte.

Após o concerto de Pearl Jam, decidimos dar mais umas voltas, mas antes descansámos um pouco no palco virtual, onde assistimos aos homens da luta, versão em holograma. Os rapazes tinham lá uma tenda onde o pessoal podia tirar fotos com o Jel, e comprar t-shirts a 10€. Parece-me que os gajos já estão encaminhados...

Saídos do palco virtual, fomos à procura do "The Legendary Tigerman" mas como ainda não tinha começado fomos até ao palco Super Bock onde ouvimos dois dj's a bombarem. Pouco depois, ouvimos uma ou duas músicas do TLT e saímos desejosos de um novo festival. Não me canso de dizer, pois foi realmente o melhor espectáculo que presenciei.

- BL

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