Estive a ver, na RTP 1, um documentário intitulado "A voz da Saudade" que trata a história de uma Senhora de Santarém. Durante 7 meses, ela percorreu mais de 18.000 km pelo mato e pela floresta de Angola para levar a 1200 soldados (do seu distrito) mensagens gravadas de familiares. Maria Estefânia Anachoreta era seu nome.
7 comentários:
Também só ontem,dia 31 de Agosto, vi o documentário. Adorei! Fui educada nos valores da Pátria, pelo que, apesar de todos os erros do Antigo Regime, tenho o Movimento Nacional Feminino em grande conta: proporcionou aos rapazes proximidade com as famílias e vice-versa (sei do que falo, por ter tido 3 irmãos na guerra - em Angola, na Guiné e em Moçambique). O documentário comoveu-me imenso, e sinto que esta senhora tenha morrido entretanto, por dois motivos: por um lado, gostava de lhe escrever uma carta enorme, e por outro,que pena ela não ter tido o gosto, tão gratificante, de ver as reacções das pessoas ao programa!
Também vi. Encantei-me com a D.Maria c/ os seus 80 e muitos anos. As descrições que ela fez das visitas à companhias. As reacções de alguns soldados.
Ficámos todos agarrados à reportagem. Beijinhos.
Um belo post :)
Bela
Senhoras como estas, já não existem. Adorei a reportagem, emocionei-me, acho que esta senhora merecia uma estátua. Uma grande Senhora. Obrigado por tudo aquilo que fez pelos militares, Sra Estefânia Anacoreta. Obrigado.
Só hoje, 03 de OUT 2013 vi este documentário na RTP2. É pena não o ter visto em vida desta Senhora. Só quem sentiu na pele o ardor da saudade sabe por escrevo senhora com S grande. Desconheço se, em devido tempo, este programa foi para o ar em horário nobre e no canal principal, mas julgo que não, atendendo a que a guerra colonial continua a ser tabu em Portugal. Revi-me naquelas imagens e, esta Senhora sim, foi diferente das outras do MNF que só se preocupavam em distribuir tabaco e isqueiros no Natal, de heli e aproveitavam as camaras da RTP para fazer propaganda ao regime. No fim do programa, dei por mim a pensar como foi possível que a minha geração tivesse passado o que passou e permitisse que tivesse nascido a geração de democratas que nos governa desde 1974. Pobre Pátria....
É extraordinário como conseguiu conservar o gravador "Siera" e a fita em tão bom estado. Ainda que tenha sido alvo de homenagem de alguns dos directamente interessados, é pena que tenha partido sem que a Pátria inteira a tivesse honrado, como merecia, pelo muito/pouco que fez. Bem haja e, esteja onde estiver, que esteja com o dobro da paz que a alguns proporcionou. Obrigado Maria Estefania.
Na verdade, esse documentário passou na RTP1 logo a seguir ao telejornal, logo, em horário nobre. Tive a sorte de ver esse programa e ficar apaixonado pela vida e dedicação desta Senhora. E sim, é mesmo para ser escrito com S grande!
Nao pude deixar de comentar e partilhar. Conhecia muito bem (era minha tia) e apesar de ser pequena, lembro-me muito bem da Tia. Nunca falava muito da sua vida, nem destas coisas. Sempre muito humilde, sensata, sempre despachada. saudade
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